Uma equipe da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) está em Minas Gerais acompanhando as investigações sobre o surto de febre amarela no estado.
O organismo internacional também está atualizando os alertas epidemiológicos sobre a doença para a Região das Américas. A febre amarela é uma enfermidade hemorrágica viral aguda transmitida por mosquitos infectados. Pode ser prevenida por uma vacina eficaz, segura e acessível.
A atualização de alerta epidemiológico mais recente, publicada na noite desta quarta-feira (18), informa os dados dos países do continente que, nos últimos anos, reportaram casos confirmados de febre amarela: Brasil, Colômbia e Peru.
No Brasil, em 2015, foram confirmados nove casos de febre amarela em três estados: Goiás (6), Pará (2) e Mato Grosso do Sul (1). Em 2016, foram confirmados seis casos nos estados de Goiás (3), São Paulo (2) e Amazonas (1).
Do dia 1 a 18 de janeiro de 2017, foram relatados no estado brasileiro de Minas Gerais 206 casos suspeitos de febre amarela, incluindo 53 óbitos. Casos em humanos foram relatados em 29 municípios, 22 dos quais também relataram a ocorrência de epizootias em primatas não humanos (morte ou adoecimento de macacos).
Além disso, no estado vizinho do Espírito Santo, considerado fora da área de risco para febre amarela, quatro casos suspeitos da enfermidade foram relatados. Da mesma forma, a ocorrência de epizootias em primatas não humanos tem sido relatada em 14 municípios desse estado. Atualmente, o Brasil tem registros apenas de febre amarela silvestre.
Na Colômbia, não foram relatados casos suspeitos ou confirmados de febre amarela. Mas em 2016 o país registrou 12 casos de febre amarela selvagem, sendo 7 confirmados em laboratório. A maioria ocorreu nos departamentos (equivalentes a “estados”) de Vichada (3), Meta (2) e Vaupés (2).
No Peru, os dados mais recentes disponíveis, de 2016 (semana epidemiológica 52), apontaram 79 casos de febre amarela selvagem, dos quais 62 confirmados, incluindo 24 mortes. O departamento de Junín registrou o maior número (51 casos), seguido de Ayacucho (7) e San Martin (5).
Entre os profissionais da OPAS/OMS enviados a Minas Gerais, está um que atuou na resposta ao surto de febre amarela urbana e silvestre ocorrida em 2008 no Paraguai.
FONTE: ONU