Nas manchetes de hoje dos principais jornais brasileiros, uma temática comum se destaca: a questão da gestão financeira dos estados e municípios.
O Estadão traz à tona a polêmica discussão sobre os royalties pagos a cidades que não produzem gás ou petróleo. Uma série de pagamentos foram realizados após decisões judiciais, instigadas por advogados coordenados por lobistas, situação que a ANP classifica como falta de ‘rigor técnico’. Esta controvérsia incita questionamentos acerca da distribuição justa de recursos e da transparência no sistema jurídico.
Paralelamente, a Folha de São Paulo e O Globo destacam as recentes medidas do governo em relação às regras fiscais e de recuperação para os estados. Estas medidas, prometendo maior flexibilidade e prorrogando o prazo de participação, pretendem solucionar questões orçamentárias que afligem estados e municípios. Adicionalmente, o projeto de lei que visa atualizar a LRF impõe um rigor fiscal inédito, exigindo que os executivos locais encerrem o ano com dinheiro em caixa.
Enquanto isso, o Valor Econômico destaca uma tendência crescente no setor empresarial: a aquisição de empresas através da conversão de dívidas. Gestoras especializadas têm comprado de bancos e outros credores débitos de companhias garantidos por ações. Esse fenômeno reflete a atual realidade financeira de muitas empresas e, ao mesmo tempo, ressalta a engenhosidade das estratégias de negócios nesse ambiente desafiador.
Manchetes do dia:
“Cidades recebem royalties por exploração sem que produzam gás ou petróleo. Pagamentos ocorrem após decisões judiciais obtidas por advogados coordenados por lobista; ANP vê falta de ‘rigor técnico’.” Manchete de capa do Estadão.
“Governo cede e revê regras de recuperação para estados. Medidas, a serem anunciadas hoje, prometem maior flexibilidade e aumentam prazo de participação.” Manchete de capa da Folha.
“Governo vai propor nova regra fiscal para estados e municípios. Projeto de lei que atualiza LRF obriga Executivos locais a fechar todo ano com dinheiro em caixa .” Manchete de capa do O Globo.
“Aumentam os casos de aquisição de empresas por conversão de dívida. Gestoras especializadas compram de bancos e outros credores débitos de companhias garantidos por ações.”Manchete de capa do Valor Econômico.
Outros destaques:
No Estadão: Recursos deixam de ir a Estados produtores. Dinheiro repassado a prefeituras sai de cotas destinadas a cidades de Estados como RJ e ES./Máquina velha e tecnologia obsoleta, males da indústria brasileira. Pesquisa inédita aponta que só 2% das empresas nacionais têm equipamentos com até 2,5 anos de uso; maior parte utiliza maquinário com 10 a 15 anos de operação/Ação contra desmatamento no Cerrado incluirá embargo e créditos. Secretário federal prevê mais ações de monitoramento, só que aliadas a incentivos econômicos a produtores, o que agrada aos especialistas.
Na Folha: FGTS vai distribuir lucros de R$ 12,7 bi aos trabalhadores/Arrecadação federal é a melhor desde 1995, apesar de recuo em junho/Tarcísio acumula pressões e recuos na gestão de SP/Lula diz querer fechar clubes de tiro particulares.
No O Globo: Vera Magalhães: Desarmar o país é urgente, mas está longe de ser simples/Zeina Latif: Ação do BC mostra resultados na inflação de serviços/Nordeste deve se tornar região com mais ministros no governo Lula/Moraes proíbe remoção de pessoas em situação de rua/Imposto para casas de apostas será de 18%.
No Valor Econômico: Governo ainda avalia o futuro dos Juros sobre Capital Próprio. A depender de uma conclusão sobre a viabilidade política e do impacto financeiro, a proposta poderá ser encaminhada ao Congresso Nacional em agosto, segundo fonte/Com serviços mais comportados, IPCA-15 tem deflação de 0,07%. Entre as boas notícias da prévia da inflação oficial destaca-se a queda do índice de difusão para 48%, o mais baixo desde junho de 2020/O trailer da reforma do Imposto de Renda. Na primeira metade do ano, a agenda avançou de forma inédita e isso distensionou o ambiente, mas o debate sobre a revisão tributária no país está longe de acabar/Governo define plano para Fundo Amazônia. Ministério e BNDES criam diretrizes para aplicação dos recursos próximos dois anos/Governo cria pacote para ter ‘déficit zero’ em 2024. Medida inclui mudança em juro sobre capital próprio e taxação a ‘offshore’ e fundos fechados.
Editoriais do dia:
“Um país violento. Alta em índices de criminalidade mostra que política pública integrada é urgente.” Editorial da Folha.
“Israel por um fio. Reforma do Judiciário de Netanyahu racha a sociedade e indica erosão democrática.” Editorial da Folha.
“Regulamentação de apostas é positiva, mas taxação não pode ser única meta. Coibir fraudes que põem em risco credibilidade do futebol brasileiro deveria ser questão central.” Editorial do O Globo.
“Economia global não permite complacência. FMI revisa previsão do PIB do Brasil para cima, mas momento é de aprovar reformas, não de comemorar.” Editorial do O Globo.
“Por uma verdadeira reforma administrativa. Seria bom aproveitar ímpeto reformista para elaborar um projeto que traga eficiência ao Estado.” Editorial do Estadão.
“Batalha do gás divide o governo. Enquanto Silveira e Prates discutem, mercado tenta administrar um volume insuficiente e caro de gás.” Editorial do Estadão.
“Mais controle sobre as armas. É fundamental restringir o acesso, mas medida pouco adiantará sem rigorosa fiscalização.” Editorial do Estadão.
“IPCA-15 e expectativas confirmam cenário benigno para inflação. O câmbio valorizado, há semanas abaixo de R$ 5, e uma atividade econômica que perde força também colaboram para a redução da taxa básica de juros.” Editorial do Valor Econômico.
Bolsa de Valores
Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou a terça-feira, terça-feira, 25, em alta de 0,55%, a 122.008 pontos. O dólar terminou o dia em alta de 0,38%, a R$ 4,75.