Desde o início da pandemia, bancos já renegociaram um total de 26,3 milhões de contratos para ajudar a aliviar o endividamento dos consumidores
O mais recente Mutirão de Negociação e Orientação Financeira, que ocorreu no mês de março de 2023, culminou na repactuação de 2,057 milhões de contratos pelos bancos. Esse resultado aumenta o número total de contratos repactuados pelo sistema bancário para 26,3 milhões desde que a pandemia começou, em março de 2020.
O mutirão de março de 2023 superou em 21% os resultados do mesmo mês do ano anterior, quando 1,7 milhão de contratos foram renegociados. Já entre 1º e 30 de novembro de 2022, foram negociados 2,325 milhões de contratos.
O Mutirão Nacional de Negociação de Dívidas e Orientação Financeira, uma ação cooperativa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Banco Central do Brasil, Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e Procons, visa minimizar o endividamento dos consumidores bancários.
As atividades ocorrem em março, o mês do consumidor, e em novembro desde 2019. Durante essas ações, os consumidores têm a oportunidade de negociar dívidas em atraso com cartão de crédito, cheque especial e outras formas de crédito que não estejam vinculadas a bens como garantia, como veículos, motocicletas e imóveis.
Os bancos tendem a oferecer, além de aconselhamento financeiro, condições especiais para regularização de contratos em atraso durante os mutirões. Isso inclui opções de parcelamento, descontos no valor da dívida e taxas de juros reduzidas para refinanciamento, o que normalmente resulta em um aumento na demanda por negociações.
Conforme os dados da Senacon, a plataforma Pro Consumidor, que compila dados de 615 Procons em todo o país, registrou 11.700 solicitações de renegociação e parcelamento de dívidas no mutirão de março. Deste total, 5.988 (51,2%) foram direcionadas a bancos, financeiras e administradoras de cartão de crédito. Este volume é superior ao total de registros feitos nos dois primeiros meses do ano (8.350) nos Procons, demonstrando a tendência dos consumidores em regularizar suas dívidas.No ConsumidorGovBr, do Ministério da Justiça, 86,3% das demandas abertas pelos consumidores em março foram direcionadas a bancos, financeiras e administradoras de cartão. Cartão de crédito, crédito pessoal e empréstimos foram os assuntos mais reclamados, respondendo por 76,5% dos registros.
Das demandas finalizadas (14.781), 99% foram respondidas pelas instituições financeiras em até 6 dias. O índice médio de solução foi de 82,7%.
“Mais uma vez a ação teve efeito positivo e concreto para o consumidor. A renegociação de dívidas previne o superendividamento e reduz o custo da inadimplência. Ganham todos. Além disso, fomentam a economia e contribuem para uma expansão das operações de crédito”, afirma Isaac Sidney, presidente da Febraban.
Como ocorreu nas edições anteriores, o foco dos mutirões é também a educação financeira. Uma página eletrônica exclusiva com orientações sobre como gerir o orçamento doméstico, ter hábitos saudáveis e evitar a inadimplência foi disponibilizada durante a campanha por meio da plataforma Meu Bolso em Dia Febraban, que é aberta, gratuita, e traz um programa de recompensas para incentivar o engajamento do consumidor.
Nesta edição do mutirão, o site recebeu mais de 468 mil acessos.
O Mutirão também teve ampla repercussão na mídia, com 1.608 citações nominais por veículos de imprensa, reproduzido por 924 rádios em 808 municípios.
Edição do Anexo 6: Sérgio Botêlho, com informações da Febraban