Dessa pauta “depende a democracia, os direitos, dela depende a justiça e uma cultura de paz”, argumenta a parlamentar petista
Em entrevista à repórter Marina Agostine, do Anexo 6, a deputada federal Erika Kokai (PT-DF) defende que em virtude do Dia Internacional da Mulher, nesta quarta-feira, 8, a Câmara dos Deputados se dedique a aprovar proposições que digam respeito ao direito das mulheres.
Segundo a parlamentar, “direito das mulheres é cuidar de gênero e igualdade, igualdade dos direitos entre homens e mulheres. Então veja que isso é fundamental”. Erika considera a abordagem parlamentar como ‘estruturante”.
Dessa pauta, diz ela, “depende a democracia, os direitos, dela depende a justiça e uma cultura de paz”. E argumenta: “nós temos no Brasil milhões de mulheres que têm medo de voltar para casa, porque ao chegarem em casa serão arrancadas delas mesmas”.
Erika Kokai defende que é necessário “enfrentarmos todas as discriminações e particularmente enfrentarmos esta morte literal, o feminicídio, que aqui em Brasília já são oito, oito mulheres que morreram simplesmente porque são mulheres”.
O feminicídio é um grave problema de violência contra mulheres no Brasil. Dados oficiais conta na casa das centenas de mortes, ano a ano, de mulheres vítimas de feminicídio. O número é alarmante e mostra o quanto ainda há o que avançar em termos de direitos e de proteção às mulheres.
As autoridades têm tomado medidas para combater esse tipo de violência, como o aumento de penas para crimes de feminicídio, a criação de medidas para prevenção e o investimento em políticas públicas para o enfrentamento da violência contra as mulheres.
A sociedade também tem papel importante nessa luta e é preciso que sejam feitas campanhas de conscientização para acabar com o machismo e a discriminação de gênero. A luta pela igualdade de direitos entre homens e mulheres precisa ser constante para que, de fato, seja possível erradicar o feminicídio no país.
Na íntegra, a fala de Erika Kokai:
Vamos colocar uma pauta que atenda os direitos das mulheres. Então a nossa expectativa é que esta semana, onde se inclui o dia 8 de março, a Câmara se dedique a aprovar proposições que digam respeito aos direitos. Direito das mulheres é cuidar de gênero e igualdade, igualdade dos direitos entre homens e mulheres. Então veja que isso é fundamental. A pauta em defesa de direitos iguais, ela é estruturante, ela é fundamental. Dela depende a democracia, os direitos, dela depende a justiça e uma cultura de paz. Nós temos no Brasil milhões de mulheres que têm medo de voltar para casa, porque ao chegarem em casa serão arrancadas delas mesmas, vítimas de uma violência doméstica que às vezes nem deixa a marca na pele, mas deixa uma profunda marca na alma. É preciso, portanto, enfrentarmos todas as discriminações e particularmente enfrentarmos esta morte literal, o feminicídio, que aqui em Brasília já são oito, oito mulheres que morreram simplesmente porque são mulheres. Então, portanto, o feminicídio que penso sempre é construído por um feminicídio simbólico, a retirada da mulher do direito de ela vivenciar plenamente uma humanidade. Mas basta de feminicídio, basta de feminicídio. É preciso construir políticas públicas em todas as áreas para que nós não percamos mais nenhuma mulher. Chega de nos matar!
